Tendência é morar perto de tudo, com muito verde ao redor, horta, pomar e qualidade de vida, assegura a diretora de Estratégias da CéuLar Netimóveis, Adriana Magalhães
O conceito de morar bem tem mudado. Cada vez mais há quem opte por morar só. Como mostram os resultados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Censo de 2022, divulgados na última semana: o Brasil tem 13,7 milhões de pessoas morando sozinhas, o que corresponde a 18,9% das mais de 72 milhões de residências do país.
Pessoas que, em sua maioria, buscam uma vida com mais autonomia, também em função do trabalho ou dos estudos. E como esse novo formato de moradia impacta diretamente o mercado imobiliário? Na avaliação da diretora de Estratégias da CéuLar Netimóveis, Adriana Magalhães, se trata do perfil de um inquilino ou proprietário que conquistou a independência financeira, valoriza ter qualidade de vida e é adepto das boas práticas. “O que se percebe é que esse potencial cliente demanda por espaços menores, otimizados, sustentáveis, perto de tudo, para que cada vez mais ele percorra distâncias menores”, constata a empresária.
E o que o segmento da construção civil hoje tem como oferta para esse público cada vez mais exigente e consciente? “Ao olharmos o futuro dos empreendimentos imobiliários, percebemos a oferta de moradias um movimento crescente de mudanças de comportamento, em que as pessoas passaram, especialmente no pós-pandemia, a priorizar espaços menores, multifuncionais, com áreas verdes, conforto, reunindo tudo no mesmo lugar: trabalho, estudo, esporte, lazer e bem-estar”, prossegue Adriana Magalhães. Na prática, resume a executiva, “esse movimento representa uma busca na direção da sustentabilidade, do bem viver, com demandas como energia solar, reutilização de água, coleta seletiva, customização de serviços, espaços de convivência sem desperdícios ou exageros. Tudo adequado ao estilo de vida próprio.”
As novas tendências dos imóveis destinados àqueles que moram sozinhos ou que têm famílias menores passam ainda por escolhas como, ter segurança e identidade própria. “Na prática, são espaços que deixaram de ser apenas um dormitório para se tornar uma moradia completa, onde se possa descansar, fazer as refeições, trabalhar de forma remota, desfrutar de momentos de boa convivência”, completa.
Investir na oferta de áreas verdes para esse potencial comprador também pode fazer uma grande diferença, aumentando a valorização do imóvel. “Antes, as pessoas buscavam espaços com toda uma infraestrutura, do playground ao lazer completo com piscina, quadra, churrasqueiras. Agora, as novas construções valorizam o verde: com varandas com jardineiras projetadas, parques e praças ao redor, pequenas hortas orgânicas, pomar. Tudo isso agrega e contribui para um outro olhar, corroborando uma sociedade mais sustentável”, conclui a CEO da CéuLar Netimóveis.
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