O sol é essencial para a nossa saúde física e mental, estimula a produção de vitamina D, que contribui para o sistema imunológico, e melhora o humor, mas a exposição aos raios ultravioletas (UV) sem proteção adequada pode gerar uma série de problemas além de manchas, queimaduras, envelhecimento precoce da pele e câncer: nos olhos, dentre outras doenças, pode causar maculopatia solar.
Segundo dra Paula Veloso Avelar Ribeiro, oftalmologista do Instituto de Olhos Minas Gerais (IOMG), especialista em retina e uveíte, a maculopatia solar ou retinopatia solar é uma lesão bilateral permanente da mácula (parte central da retina), semelhante a uma mancha, resultante da exposição intensa a qualquer fonte de luz ultravioleta, o que reduz a acuidade visual.
Recentemente, a condição dominou o noticiário com relatos de pessoas que observaram o eclipse solar e posteriormente se queixaram de manchas na visão. Ao olhar diretamente para o Sol durante o eclipse e por tempo prolongado, sem materiais específicos, pode provocar danos nas células da retina, resultando em pontos cegos e até mesmo perda parcial ou total da visão.
O sol, explica dra Paula Veloso Avelar Ribeiro, não é o único fator de risco da retinopatia solar. Caneta laser pointer, comumente usada para apontar para telas de projeção, farol do carro e solda elétrica emitem radiação ultravioleta e podem também lesionar a retina. Em relação ao último componente, a prevenção de danos é feita através do uso de equipamento de proteção individual (EPI).
Não há tratamento para a doença, em alguns casos o paciente recupera a visão depois de alguns meses, mas em quadros mais severos o prognóstico é pior e a visão fica comprometida.
É importante entender que a exposição moderada ao sol é sempre benéfica para a saúde, desde que seja em horários apropriados e com a devida proteção – uso de óculos de qualidade, chapéus ou bonés, camisetas com proteção solar UV e protetor solar.
Sempre consulte o seu oftalmologista e siga as recomendações adequadas para manter uma boa visão.
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