Para além de bons companheiros, que não exigem nada em troca e dão alegria, os animais de estimação podem ajudar na saúde dos humanos. Não à toa, os bichinhos vêm sendo usados para aliviar dores físicas e emocionais por meio da terapia assistida por animais (TAA).
“A prática funciona como um agente terapêutico e pode ser empregada em pacientes com síndromes diversas, como a trissomia do cromossomo 21, e nas mais diversas patologias, como câncer, hipertensão e depressão – inclusive em casos com potencial de risco de autoextermínio. Podem ainda auxiliar em problemas motores e neurológicos, no desenvolvimento da postura, coordenação e movimentos. A TAA melhora o bem-estar do paciente, ajuda a reduzir os níveis de cortisol e a aumentar os níveis dos hormônios da felicidade – endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina”, relata o coordenador do curso de Medicina Veterinária da Estácio BH, o Professor Dr. Frederico Crepaldi.
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Saskatchewan, no Canadá, e publicado no ano passado na revista científica PLOS One, revelou que o contato por apenas 10 minutos com um cãozinho é capaz de aliviar a dor, assim como causar mudanças expressivas na ansiedade, depressão e no bem-estar. O levantamento foi feito com mais de 200 pacientes no pronto-socorro do Hospital Universitário Royal, em Saskatoon, e solicitou a intensidade da sua dor em uma escala de 1 a 10 (sendo 10 o mais alto).
De acordo com o Professor Dr., existem diversas terapias assistidas por animais, sendo a equoterapia e com cães as mais conhecidas. “Importante frisar que os pacientes não precisam estar necessariamente em recuperação, podem estar em desenvolvimento psicomotor, por exemplo. Cada caso deverá ser analisado individualmente, e cada terapia poderá ajudar de uma forma diferente”, esclarece.
Outro ponto importante é que os pets da terapia assistida devem ser treinados por profissionais habilitados. “Existem raças mais comumente usadas, embora qualquer animal possa ser utilizado, considerando o comportamento e o grau de socialização, e desde que passe por uma capacitação”, finaliza o especialista.
Foto: Freepik
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