Palácio das Artes abre venda de ingressos para a Ópera Matraga, que estreia na quarta-feira
Espetáculo reúne os corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado e grande elenco em uma jornada sertaneja por Minas Gerais
Inspirada no conto A Hora e a Vez de Augusto Matraga, do livro Sagarana, de João Guimarães Rosa (1908-1967), a ópera Matraga estreia nesta quarta-feira (25/10), no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. O espetáculo será às 20h30, mesmo horário das apresentações de sexta-feira (27/10) e sábado (28/10); no domingo (29/10), a apresentação será às 19h. Os ingressos para a ópera já estão à venda na bilheteria do Palácio das Artes e no site da Eventim e custam R$ 60,00 (inteira – Plateias I e II) e R$ 50 (inteira – Plateia Superior).
A nova produção da Fundação Clóvis Salgado conta com libreto e música de Rufo Herrera, artista que, neste ano, completou 90 anos. E também participações mais que especiais dos corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado: Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG) e Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA). Grande elenco de solistas e a narração do ator Gilson de Barros, conhecido pela atuação inspirada no universo rosiano.
A direção musical é de Ligia Amadio, com regência da maestra nos dias 25, 27 e 29, e de André Brant, no dia 28. Matraga tem concepção e direção cênica de Rita Clemente; cenografia de Miriam Menezes; figurinos de Sayonara Lopes; direção coreográfica de Alex Soares; preparação do Coral Lírico feita por Hernán Sánchez; e direção geral de Cláudia Malta.
Para o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, “Matraga” é um espetáculo ousado, contemporâneo, com características operísticas e sob inspiração de uma dramaturgia tipicamente mineira. “Escolhemos o que em Minas é mais universal: a genialidade de João Guimarães Rosa. As apresentações no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes darão aos espectadores a oportunidade de desfrutar de um momento único, de rara criatividade e expressão artística. O Palácio das Artes junta-se às realizações de âmbito nacional, mobilizando a força criadora de uma das mais importantes e expressivas estruturas de produção artística do país. A obra e o espetáculo incorporam-se à dramaturgia mineira”, declara Sérgio.
A abordagem de Rufo Herrera traz João Guimarães Rosa para dentro da obra que, como narrador, caminha pelo sertão. Não é uma ópera convencional, é música que tem elementos incidentais. Nas palavras do próprio Herrera: “Venho da música folclórica, popular, e fui para a erudita. Minha opção pelo conto A Hora e a Vez de Augusto Matraga para uma obra cênico-musical, devo-a, em primeiro lugar, à minha vivenciada identificação com o universo da literatura rosiana, sua força poética, que me inspira, e sua filosófica revelação do ser humano em profundidade. O homem lá, onde João Guimarães Rosa o foi buscar – O Sertão das Gerais – oscila permanentemente entre o bem e o mal. Ora se apruma, ora cai ao nível da fera, ora paira acima de Deus e do diabo”.
Apresentam a ópera Matraga o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado, e o Ministério da Cultura. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Copasa e Correalização da APPA – Arte e Cultura.
Páginas e artes no palco
Com Matraga, a Fundação Clóvis Salgado integra o Programa Minas Literária, iniciativa do Governo do Estado para incentivar a leitura e fortalecer a cadeia produtiva do livro. Além da produção operística, o Grande Teatro Cemig Palácio das Artes receberá uma exposição, no Foyer, com itens da Região Central de Minas, além de livros de Guimarães Rosa.
A mostra, que fica de 25 a 29 de outubro, é parceria com duas Instâncias de Governança Regional (IGRs): Circuito Turístico das Grutas e Lago de Três Marias.
Da IGR Circuito Turístico das Grutas vêm belíssimas xícaras feitas pelo grupo feminino Ceramistas Maria Quem Dera, de Pedro Leopoldo. Já a Associação de Bordadeiras do Município de Andrequicé, da IGR Três Marias, contribui com obras únicas e representativas da vida interiorana. Além das peças e objetos, a presença de artistas e representantes das duas IGS’s.
Também no Foyer, há um encontro com as principais obras de Guimarães Rosa. Edições raras e comemorativas, primeiras edições das Coleções Especiais da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, em especial a Mineiriana – maior acervo sobre o estado disponível para o público e importante fonte de pesquisa sobre nossa memória cultural e intelectual.
Serviço
Matraga, da obra de João Guimarães Rosa | Ópera em três atos, de Rufo Herrera
Datas e horários: 25 (quarta-feira), 27 (sexta-feira) e 28 de outubro (sábado), às 20h30; 29 de outubro (domingo), às 19h
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Ingressos: R$60,00 (inteira – Plateias I e II) e R$50,00 (inteira – Plateia Superior)
Venda: Bilheteria do Palácio das Artes e Eventim
Classificação Indicativa: 14 Anos
Informações para o público: (31) 3236-7400
Foto: Guto Muniz
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